






Mas os mais caros e sofisticados são os das categorias especiais, produzidos com uvas de melhor qualidade ou de uma safra excepcionalmente boa. Bernadete garantiu-nos que isso acontece em duas ou três colheitas a cada dez anos. Uma raridade mesmo. Entre os especiais, estão os Vintage e os Late Bottled Vintage, ou LBV (não o confundam com a Legião da Boa Vontade!). Vintage é a classificação mais alta que um vinho pode alcançar. Além de ser obtido da colheita de um só ano, essa tem de ser daquelas, excepcionalmente boa. Ele é envelhecido em tonéis de carvalho por no máximo dois anos e depois é engarrafado, onde o processo continua por mais três ou quatro anos. Bernadete nos mostrou uma garrafa de Vintage de 1815 e outra de 1863, as mais antigas da cave! Custam a bobagem de dois mil e quinhentos euros. Eu não arriscaria.
Os LBV, por sua vez, também exigem uvas de qualidade especial, mas envelhecem de quatro a seis anos dentro dos balseiros e, depois de engarrafados, evoluem muito pouco. Vimos ainda uma prateleira com garrafas da aguardente Ferreirinha e outras preciosidades da Casa, como o Dona Antônia, o Quintas do Porto e o Duque de Bragança, vinhos especiais, mas já não me lembro se reserva, vintage ou LBV. No final fomos levados à sala de degustação, onde experimentamos um cálice de vinho do Porto branco, bem gelado, delicioso!; e outra de um twany de quatro anos, também saboroso. Faltaram os petiscos, mas como já estava na nossa hora, nem reclamamos. Saímos de Gaia por volta das 16 horas e pretendíamos chegar a Guarda antes de escurecer. Mas já sabíamos que esse plano era improvável.
A sala de degustação e os rapazes, ansiosos, a espera da nossa cota.
Saímos sóbrios, porém tontos de tanta informação. Ao lado, o barco da Ferreira.
Outra vista do Porto e um campo de futebol do famoso time do Candal. Vai saber....